Ultimamente temos visto um grande crescimento na atenção que está sendo dada para as fibras. Da mídia ao consultório médico, as promessas de melhora no sistema gastro digestivo, saúde da pele, cabelos e unhas, os benefícios das fibras no tratamento de úlceras e males digestivos, a redução do colesterol e até mesmo a cura da diabetes.
Às vezes parece difícil de acreditar, não?! As fibras, contudo, fazem jus a sua fama.
O que as fibras fazem, na realidade, é apenas regular o funcionamento do corpo para seu “estado normal”. As doenças da modernidade, de colesterol e diabetes a constipação e úlceras, incluindo a própria candidíase, só existem porque o homem moderno não se alimenta da forma como seu corpo naturalmente precisa.
Em sociedades primitivas em que a alimentação é rica em fibras esses problemas são inexistentes, incluindo a obesidade e os problemas cardíacos. Em estudos feitos em comunidades indígenas e aborígenes nos locais mais remotos da America Latina, África e Australia, não existe colesterol alto, diabetes, muito menos candidíase.
Algumas pesquisas inclusive apontam para a época exata em que a candidíase começou a atingir com maior intensidade as populações dos países desenvolvidos no ocidente. No final do século XVI passou-se a produzir pela primeira vez “pão branco”, retirando justamente os ingredientes que continham fibras. O índice de candidíase nas populações ocidentais então começou a crescer e atingiu seus níveis máximos agora no século XXI. Antes do homem moderno começar a comer “porcaria” sua dieta era constituída basicamente por pão, batata, carnes e alguns vegetais e frutas com o pão integral sendo a maior fonte de fibras. Com a retirada dos compostos fribrosos do trigo e o maior refinamento do pão, as pessoas começaram a obter menos fibras em sua dieta e como consequência houve um crescimento ao longo do século XX de todas essas doenças que indicam um funcionamento menos eficiente do corpo. Nas duas últimas décadas do século XX houve ainda uma intensificação no crescimento dessas doenças, pois além do baixo consumo de fibras, o homem moderno começou a ingerir uma quantidade muito maior de gordura, açúcar e produtos industrializados.
Essas pesquisas argumentam que a ausência de fibras torna o corpo muito ineficiente e lento. As consequências vão desde desenvolvimento de intolerâncias alimentares, sendo as mais comuns relacionadas ao leite, fermento e glúten, até má absorção dos nutrientes, excesso de gordura no sangue e no trato digestivo e, evidentemente, obesidade.
Todas essas condições podem estar, de uma forma ou de outra, ligadas à candidíase. Já é de conhecimento científico que a causa mais frequente de candidíase recorrente são as intolerâncias alimentares, que por não serem diagnosticadas em exames, acabam passando despercebidas em análises médicas. É importante compreender que intolerância alimentar não é sinônimo de alergia. Alergias, por sua vez, podem sim ser identificadas em exames, por isso é importante levantar essa possibilidade com seu médico ao avaliar as causas da candidíase recorrente.
No entanto, não é preciso ter alguma intolerância alimentar, ou mesmo uma alergia, para que a falta de fibras na alimentação possa, indiretamente, causar a candidíase. O simples mau funcionamento do sistema gastro-intestinal, por exemplo, pode levar à redução da imunidade (boa parte de sua imunidade encontra-se em seus intestinos!) e outras condições crônicas, desde mera constipação até síndrome do intestino irritável, doença de crohn e diverticulose. Essas condições favorecem imensamente o crescimento excessivo da cândida, abrindo espaço para a candidíase repetitiva. A origem dessas doenças também pode ser atribuída à falta de fibras na dieta.
É preciso compreender, em primeiro lugar, que fibras não “curam” a candidíase. Não há nenhum composto químico “milagroso” nas fibras que farão com que sua ingestão acabe com a candidíase. O que estamos tentando passar aqui é que as fibras são parte importante no quebra cabeças de um corpo que funciona perfeitamente e que a candidíase é uma doença que aparece justamente quando o corpo não está funcionando perfeitamente!
Na realidade, nada “cura” a candidíase. O processo de cura é justamente um trabalho de identificação da causa exata da candidíase (como uma possível intolerância alimentar, alergia, uso de certos medicamentos, etc.) e um trabalho de fortalecimento do corpo, o que inclui o sistema imunológico e a melhoria da eficiência do corpo e é aí que entram as fibras. Um corpo mais eficiente, inclusive, ajuda a melhorar a própria imunidade e esses dois fatores juntos acabam tornando o corpo um local onde a cândida não consegue se reproduzir em excesso com facilidade.
O livro Candidíase Tem Cura aborda essa questão com profundidade, trazendo um capítulo inteiro sobre o fortalecimento da imunidade e ampliando as formas como as fibras podem ser usadas para combater a candidíase, inclusive indicando quais os melhores alimentos que contém fibras e que também outros componentes que combatem a cândida (como compostos antifúngicos).
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