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Quais os sintomas da candidíase intestinal?

A candidíase intestinal é um “mal silencioso”. Os sintomas são difíceis de serem identificados e muitas vezes, estão relacionados a outras doenças e condições no corpo. A versão anterior deste artigo continha uma lista longa de sintomas. Contudo, ao longo dos anos percebemos que essa lista estava confundindo os leitores. Por exemplo, acne e queda de cabelo podem estar ligados à candidíase, mas ao lerem esses sintomas aqui, os leitores acabavam achando que a candidíase era a origem de sua acne ou da queda de cabelo, quando na realidade, há muitas outras causas mais prováveis para esses problemas do que candidíase, que é um efeito colateral, tanto quanto a própria acne e a queda de cabelo.

É muito importante compreender que a candidíase intestinal não ocorre sozinha, ela só surge como consequência de alguma doença ou condição muito séria. Candidíase é uma doença comum que ocorre quando o fungo cândida, que já vive normalmente em nosso corpo, encontra oportunidade de reprodução em excesso. Isso só acontece quando a população de bactérias benéficas (chamados de probióticos, culturas vivas, lactobacilos, etc.) cai. Isso pode acontecer por diversos motivos, incluindo uso de medicamentos como antibióticos, Roacutan, dentre outros. A cândida também encontra oportunidades de crescimento quando o paciente consume muito açúcar (o que também leva indiretamente à morte dos probióticos), o que inclui massas e álcool (principalmente cerveja). O aumento do açúcar no sangue também pode ocorrer durante o uso de pílula anticoncepcional, pílula do dia seguinte, e diabetes (ou mesmo tendência para ter a doença).

Muitos dos sintomas comumente associados com a candidíase intestinal são, na realidade, sintomas da doença original, que está, dentre muitos sintomas, causando também candidíase. Ou seja, a candidíase é apenas um sintoma e sendo assim, não deve ser tratada diretamente. Intolerâncias alimentares, doença celíaca, diverticulite, doença de Crohn, alergias, colite ulcerativa, e muitas outras doenças podem causar sintomas (principalmente no início) que causam candidíase como efeito colateral. O paciente então começa a acreditar que seu problema é candidíase e ignora completamente a possibilidade de que tenha uma doença muito mais séria.

Consultar um gastroenterologista ou proctologista é essencial para diagnosticar o real problema, principalmente através de uma colonoscopia e uma endoscopia a fim de investigar a saúde gastrointestinal. Nesse caso, o paciente não deve mencionar candidíase! Fazê-lo confunde o médico e pode levá-lo a simplesmente prescrever antifúngicos básicos ao invés de solicitar exames que realmente podem descobrir qual é o problema. O paciente deve entender que o problema não é a candidíase, essa doença é apenas um efeito colateral.

Compreender que a origem da candidíase está na redução da população de probióticos e no consumo excessivo de açúcar pode ajudar o paciente a saber o que fazer enquanto o problema real está sendo diagnosticado. Probióticos, por exemplo, não ingerem açúcar, somente a cândida come açúcar. Diminuir, então, o consumo de açúcar (incluindo massas simples, feitas com farinha branca, e álcool) deve ser a primeira providência a ser tomada. Deve-se tomar muito cuidado com frutas, principalmente suco de frutas. Frutas são ótimas… para quem não tem candidíase! Frutas contêm uma quantidade enorme de açúcar, e sucos de frutas, principalmente sem polpa, despejam açúcar no sangue imediatamente após o consumo. Não é necessário cortar todas as frutas, assim como não é necessário cortar todas as fontes de açúcar, o recomendado é cortar sucos de frutas e frutas com pouca fibra. Probióticos gostam muito de fibras. Para fortalecer sua população de probióticos, você deve passar a ingerir uma dieta muito rica em fibras – e isso por muito tempo! Não adianta ajustar a dieta por uma ou duas semanas! Fontes diretas de probióticos são altamente recomendadas, como kéfir, Yakult (sim, tem açúcar, mas os benefícios superam o consumo do açúcar em pequena quantidade), iogurtes, principalmente aqueles que oferecem populações especiais de probióticos como Activia.
Lembre-se: não é necessário cortar absolutamente todo o açúcar como muitos sites na internet alegam. O objetivo é consumir o açúcar que nosso corpo precisa para funcionar através de fontes que combinam açúcar com fibras, assim o açúcar é absorvido lentamente pelo sistema digestivo e não se torna alimento para a cândida. Praticamente todos os carboidratos complexos (de digestão lenta) caem nessa categoria. Você pode ingerir, por exemplo, batata, batata-doce, cenoura, brócolis, maça, feijão, couve-flor, pêra, dentre outros. Como você pode ver, essa lista contém frutas e vegetais que contêm açúcar, mas como a digestão é lenta e eles contêm muitas fibras, a cândida não consegue ter acesso a esse açúcar, que é usado pelo próprio corpo e cérebro. O que é sim recomendado é cortar doces propriamente ditos e massas brancas como pizza, macarrão, lasanha, tortas quando esses alimentos são preparados com farinha branca (refinada). No caso desses alimentos serem preparados com farinha integral, eles são mais indicados para quem tem candidíase.

É muito importante, contudo, manter em mente que não é a dieta que vai resolver seus problemas. A dieta pode ajudar a reduzir a população de cândida atualmente no corpo. Contudo, se existe alguma pré-condição que está reduzindo a população de probióticos e aumentando a população de cândida, você voltará a ter os mesmos problemas, que podem progredir com o passar do tempo. A dieta deve ser feita paralelamente com uma pesquisa, junto com um ou mais médicos, para identificar a doença original que está provocando essa queda na população dos probióticos, lembrando que isso pode acontecer geralmente por doenças que afetam o sistema digestivo, mas também por alergias, doenças imunodepressoras, parasitas, e também problemas emocionais como stress e ansiedade.

O livro Candidíase Tem Cura [1] ajuda muito nessa questão, explicando de forma mais detalhada como fazer esse acompanhamento.